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Encontro com Lideranças: Patrícia Ellen

3 anos atrás
Covid-19, Desenvolvimento, Encontros, Filantropia

Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo                         

Na quarta, 13 de maio, aconteceu online o primeiro Encontro com Lideranças do Confluentes. Nossa convidada foi Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, que falou sobre sua experiência no grupo estratégico de enfrentamento da Covid-19 do governo estadual.

Foi a primeira de uma série de conversas promovidas pelo Confluentes com autoridades públicas com o propósito de discutir ideias em relação às causas estratégicas que apoiamos e conectar lideranças e pessoas engajadas no fortalecimento da sociedade e da democracia nestes tempos de pandemia.

A seguir, destacamos alguns dos temas abordados e um pouco do que Patrícia Ellen compartilhou conosco sobre cada um deles ao longo do bate-papo.

Mulheres na gestão pública
“É uma pena que precisemos colocar isso como pré-requisito, mas é fundamental darmos mais espaço para a gestão feminina. É um desafio que só aumenta: as mulheres não conseguem passar de 15% dos postos de comando tanto no setor público quanto no privado. No dia a dia, vemos a diferença que faz termos um maior equilíbrio nas equipes. O olhar das mulheres tem algumas características especiais: a busca de espaços comuns, a cooperação, a busca de diálogos… coisas que estão fazendo muita falta no mundo de hoje.”

Doação e proteção
“A crise está exigindo e continuará a exigir, de maneira única, forte apoio filantrópico da sociedade civil. Doações são muito necessárias neste momento, sobretudo na agenda de proteção social. Estamos falando da proteção mais básica de indivíduos. Mas também estamos falando da política de proteção a empreendedores, fundos de emergência para capital de giro e outras ações para garantir a retomada da economia.”

Auxílio
“Em São Paulo, prorrogamos os prazos para as contas de água e luz e, no apoio ao auxílio emergencial, criamos o maior programa de distribuição de cestas básicas já feito em São Paulo e no Brasil. São dois milhões de cestas básicas, o que exige uma complexa operação de distribuição. Na saúde, todo o apoio para testagem em centros de idosos e acolhimento, e para pessoas em situação de vulnerabilidade.”

Agilidade e inovação na resposta
“A celeridade e a inovação poderão ser dois grandes legados para nós. Se há um legado na crise é a possibilidade de os governos serem mais ágeis na contratação de empresas inovadoras que possam nos ajudar a enfrentá-la. Hoje as doações também estão sendo feitas de uma maneira muito mais correta e ágil, respeitando todos os critérios de transparência, fiscalização e controle.”

O papel da sociedade civil
“A sociedade civil tem um papel muito importante neste momento. Sobretudo porque estamos enfrentando uma crise sem precedentes num ambiente em que trabalhar com dados e evidências se torna cada vez mais crítico, quando o nível de desinformação da população é muito alto e há um alto grau de desconfiança em relação aos governos. Os brasileiros estão sem acesso a informação confiável. Isso exige de nós um trabalho cuidadoso de escuta, empatia e diálogo.”

Integração entre saúde e economia
“Quanto mais a sociedade global aprende sobre essa doença e sobre essa crise, mais constatamos que nada sabemos. No governo trabalhamos para lidar com sistema de dados, uma governança da crise que envolve integração completa entre saúde e economia. É complexo, é desafiador, mas é a única forma de fazer.”

Novas regras de vida
“Enquanto não tivermos vacina desenvolvida, estamos falando de uma convivência com a Covid-19 no longo prazo. A OMS chega a falar em cinco anos. Por essa razão, temos discutido novos protocolos de distanciamento, novas regras de funcionamento do comércio e demais atividades, desafios imensos tanto para o governo quanto para a sociedade em geral.”

Banalização da morte e do sofrimento
“Infelizmente nós parecemos ter banalizado as mortes pela pandemia. Passamos de 10 mil óbitos e, para muitos, é como se nada tivesse acontecido. Essa é uma tragédia dupla: a convivência com a morte e o nível de aceitação das perdas e do sofrimento. É algo assustador essa banalização com insensibilidade, sobretudo porque o Brasil caminha para ter uma das piores curvas do mundo.”

Os dados perdem para as fakenews
“Infelizmente ainda vemos muitos ignorarem os dados e evidências e criando antagonismos em questões que não são antagônicas. Hoje há um consenso de que a mesma abordagem serve tanto para a economia quanto para a saúde. Mas a polarização e o domínio das fake news tentam fazer crer que não. Fora a dificuldade da população de lidar com dados objetivos da realidade. Um estudo comparou as estratégias adotadas na Suécia e na Dinamarca. Países muito similares, ambos seguiram caminhos diferentes: a Suécia praticamente não fez o isolamento social, enquanto a Dinamarca logo agiu para manter o distanciamento. Resultado: pelo lado da saúde, a Suécia enfrenta um boom de casos de Covid-19, e os setores econômicos da Dinamarca sofreram impacto econômico menor.”

A saúde mental afeta vidas e empregos
“Nossa meta é proteger vidas, proteger empregos e proteger a estabilidade emocional e psicológica das pessoas. Este terceiro ponto tem forte impacto sobre todo o resto e precisamos nos preparar para enfrentá-lo. Não é algo fácil para ninguém, imagine. Para quem não tem recursos. Lidamos hoje com um processo que exige transformação da sociedade que jamais imaginamos que lidaríamos.”

Espírito solidário
“Fico feliz porque o espírito solidário é muito maior hoje do que já foi, embora a ordem de magnitude das necessidades ainda nos deixa aquém do que realmente precisamos. Mas sairemos desta crise mais solidários.”

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