Um encontro com Fernando Meirelles

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Confluentes promoveu conversa inspiradora com o cineasta e ativista                            

O cineasta indicado ao Oscar, produtor, roteirista e fazendeiro sustentável Fernando Meirelles se reuniu com os confluentes para um bate-papo exclusivo na noite de terça-feira, 6 de outubro. Foi uma troca incrível e inspiradora sobre arte, política, estilo de vida e, claro, meio ambiente – tema que não poderia ser mais urgente num momento em que as matas brasileiras ardem sem controle.

Questões sociais permeiam a obra de Meirelles. Mesmo em Hollywood, onde dirigiu, entre outros, os longas O Jardineiro Fiel, Ensaio Sobre a Cegueira e Dois Papas, suas obras abordam, direta ou indiretamente, os grandes desafios do nosso tempo. E nos últimos anos ele vem se envolvendo ainda mais nas causas ambientais, que traduziu para o cinema ao produzir documentários fundamentais como A Lei da Água e A Grande Muralha Verde.

Durante o encontro, Fernando adiantou com exclusividade alguns detalhes de seu próximo projeto – que também será guiado por essas preocupações. Por outro lado, deixou claro que não acredita em lições de moral. “Quando produzo um filme, penso que a informação deve vir pela emoção. É através dela que grudamos uma ideia nas pessoas”, afirmou.

O diretor, porém, lembrou que temos sido bombardeados por tantas notícias e informações ruins que, agora, simplesmente apontar os problemas pode fazer com que as pessoas se afastem, rejeitem o que está sendo mostrado – e, consequentemente, deixem de se engajar na busca por mudanças. “Temos que dosar indignação e otimismo. É fundamental dar esperança e propor caminhos”, disse.

Acima de tudo, ele acredita no poder da política para melhorar o mundo. “A ciência já tem as soluções, agora precisamos votar certo. Quem vai tomar as decisões que podem salvar o mundo são os governos. Para sobrevivermos como espécie, dependemos da política”, completou.

Alternando-se entre diversos sets de filmagem pelo mundo, Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, e sua fazenda no Rio Grande do Sul, onde desenvolve um projeto de reflorestamento, Fernando disse ainda que, embora sempre tenha se considerado agnóstico, vem se tornando cada vez mais “holístico”.

“Tenho sentido uma conexão muito grande com tudo, pensado na importância da diversidade, no meu lugar no mundo. Tem um troço mexendo dentro de mim”, revelou. Ele se disse muito inspirado por uma leitura recente, o livro 10% Humano, da jornalista Alanna Collen. “Fala da nossa microbiota intestinal, explica que somos trilhões de bactérias, da pele ao intestino. Deixa claro que essa coisa de fazer parte do todo, da diversidade, começa dentro da gente.”

Para participar dos próximos encontros, torne-se confluente. Confluentes é um projeto que conecta pessoas, causas e organizações que querem tornar o Brasil um país mais justo e igualitário. Doe, aprenda, mude a si mesmo e ajude a mudar o mundo. Visite www.confluentes.org.br/faca-parte.

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