#EuSouConfluente: Melina Risso

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Conheça Melina Risso, doutora em Administração Pública e conselheira do Confluentes                                

A série #EuSouConfluente de hoje vai mostrar um pouquinho dos bastidores do Confluentes: batemos um papo com Melina Risso, cofundadora do Movimento Agora, diretora do Instituto Igarapé e doutora em Administração Pública que é uma das nossas conselheiras. Vamos à conversa!

Em poucas palavras: quem é você?
Sou a Melina Risso. Eu me definiria como uma pessoa inquieta e curiosa. Talvez por isso, minhas trajetórias acadêmicas e profissional não sejam nada lineares. Comecei minha carreira em empresas privadas e logo migrei para o terceiro setor, onde me encontrei. Trabalho com diferentes questões de interesse público a mais de 15 anos. Também adoro lecionar. As novas gerações me enchem de esperança.

Você atua ou já atuou em diversas organizações da sociedade civil. Pode contar um pouco dessa sua trajetória?
Em 2002 estava decidida a mudar o rumo da minha carreira. Naquele momento, trabalhava na Promon com projetos de tecnologia e queria trabalhar com causas ambientais, mais especificamente com desenvolvimento sustentável. Uma conjunção de fatores me levou ao Instituto Sou da Paz, uma organização dedicada à melhoria da segurança pública.
Entrar no Sou da Paz transformou completamente a minha visão de mundo, ela se multiplicou. Descobri as políticas públicas, descobri a Política (essa com P maiúsculo) e compreendi como as coisas se conectam. Mergulhei em novos conhecimentos – fiz mestrado e doutorado em administração pública e governo e me aventurei em diferentes temas da reforma da previdência à reforma administrativa passando pela relação do Estado com a sociedade civil.
Atualmente, sou diretora de programas do Instituto Igarapé e sigo conectando diferentes conhecimentos e procurando melhorar a atuação do Estado.

Como você chegou ao Confluentes?
Conheço a Inês [Lafer, idealizadora e diretora do Confluentes] há bastante tempo e me encantei com a proposta quando ela me apresentou.

O que é filantropia para você?
Filantropia para mim é a nossa capacidade de cuidar do outro, do nosso entorno. A nossa capacidade agir para além de nós mesmos, da nossa família, de nosso grupo. 

Por que doar?
Porque você pode transformar, pode fazer a diferença. Você pode doar tempo, expertise ou dinheiro. No caso das causas estratégicas, a doação de dinheiro é fundamental. 

Que causas você considera mais urgentes?
Na minha opinião, há três causas urgentes:
1. Redução das desigualdades – a pandemia escancarou todas as desigualdades mundiais, tanto as econômicas e de acesso como as raciais e de gênero. Essas desigualdades têm impactos colossais na sociedade.
2. Freio do aquecimento global – o que fazemos hoje definirá a sobrevivência do planeta.
3. Defesa da democracia – a onda autoritária que avança no Brasil e em tantos outros países no mundo somado ao aumento da desinformação terá profundas consequências nas relações sociais e em nossa liberdade.

O que mudou em sua vida desde que você se tornou confluente?
Eu aprendi tanta coisa desde que me tornei confluente. Conheci as organizações apoiadas, a importância e o impacto do trabalho que realizam; tive chance de conversar com diferentes personalidades além de refletir muito sobre meu papel no mundo.

O que você diria para alguém que está pensando em começar a doar e a se engajar socialmente, mas não sabe bem como começar?
Se torne um confluente! Aqui você terá muitas oportunidades para aprender, trocar e refletir.

Como é o Brasil dos seus sonhos?
Um país democrático capaz de promover a equidade e proteger o meio ambiente, inspirando e liderando o mundo nessa direção.

Ser confluente é…
Fazer parte de uma rede maravilhosa e potente.

Vocês leu recentemente algum livro ou assistiu a algum filme ou série que gostaria de recomendar aos outros confluentes e parceiros?
Gostaria de recomendar dois livros, ou melhor três. A primeira indicação são os dois volumes do livro Escravidão, do Laurentino Gomes. Uma leitura dolorida mas necessária. Precisamos encarar o nosso passado para mudar nosso futuro.
E falando de futuro, recomendo também o Future Politics, do Jamie Susskind. Ele nos conduz a uma incrível e por vezes incômoda constatação sobre os impactos da tecnologia nas diferentes dimensões da nossa vida em sociedade.

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