#EuSouConfluente: Duda Alcantara

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“Doar é uma forma de buscar equilíbrio”                                                                   

Apresentamos aqui mais uma das pessoas que fazem o Confluentes acontecer: Duda Alcantara, arquiteta, ativista pela habitação social, diretora executiva do Instituto Vivenda e, claro, confluente! Na entrevista abaixo, conversamos com Duda sobre sua experiência com o projeto e sua relação com o universo da filantropia.

Em poucas palavras: quem é você?
Sou uma arquiteta, ativista pela habitação social e diretora executiva do Instituto Vivenda.

Como você chegou ao Confluentes?
Cheguei até o Confluentes pela Inês [Mindlin Lafer, idealizadora e diretora do Confluentes] e depois descobri que outras pessoas que eu conhecia já faziam parte do grupo.

O que é filantropia para você?
Filantropia para mim é uma parte obrigatória do nosso dia a dia, da nossa vida. É devolver algo para a sociedade, é tentar garantir com que outras pessoas tenham pelo menos parte, o total ou muito mais oportunidades do que nós tivemos na vida. É uma maneira de tentarmos reequilibrar a sociedade.

Por que doar?
É fundamental doarmos justamente por essa questão de reequilíbrio. Quem pode doar, deve doar. É uma coisa de princípio. Especialmente no Brasil, que é um dos países mais desiguais do mundo, é fundamental que sejamos capazes de devolver à sociedade um pouco do que conseguimos conquistar. Se podemos ajudar, precisamos ajudar. E para mim isso é também quase uma maneira de mantermos a saúde mental.

Que causas você considera mais urgentes?
Para mim a causa mais urgente é a habitação, a falta de moradia adequada. E falo não só em termos de quantidade, mas também de qualidade. São cerca de 40 milhões de pessoas que têm algum problema patológico em suas residências, casas que estão em áreas de risco, casas que não têm circulação de ar ou ventilação, não têm água, não têm luz, enfim, não têm uma série de condições básicas. Mas existem muitas outras causas importantes, claro, e uma que eu também coloco em destaque é o desenvolvimento econômico pautado verdadeiramente pela sustentabilidade.

Antes de se tornar confluente, você já teve alguma outra experiência de engajamento social?
Sou muito engajada socialmente desde o desde o começo da adolescência. Minha mãe já ajudava a formar projetos sociais, então eu participava com ela de entregas de cestas básicas, além de trabalho em abrigo de crianças, com construção de casas, idosos, refugiados, mulheres vítimas de violência, enfim, muitos projetos!

O que mudou em sua vida desde que você se tornou confluente?
O Confluentes é muito interessante por nos permitir discutir com outras pessoas que têm diferentes envolvimentos sociais. Uma das riquezas do Confluentes está nessa troca de visões.

O que você diria para alguém que está pensando em começar a doar e a se engajar socialmente, mas não sabe bem como começar?
Existem diversos tipos de engajamento. Você pode botar a mão na massa, fazer voluntariado, ir para a ação, o que é maravilhoso e fundamental. Mas existem também espaços muito especiais, específicos, como o Confluentes, que podem ajudar nesse processo de engajamento social. Então eu diria, para quem quer se engajar, para começar com a causa que mais fizer sentido para ela. Qual é a sua a causa? É a causa animal, é o meio ambiente, é habitação, saneamento, educação, justiça social, desigualdade, sistema carcerário? O que te choca mais? O que você gostaria de ver de diferente? Não deixe de contribuir para que essa mudança aconteça.

Como é o Brasil dos seus sonhos?
Meu Brasil dos sonhos é um Brasil onde todo mundo tem uma causa, onde cada um contribui de alguma forma, cada um tem uma rede de contatos com pessoas que também querem contribuir com essa causa e, assim, podem pensar juntos e podem fazer muita coisa. Um Brasil de causas e de redes. Passa sem dúvida por esse despertar de reconhecimento de privilégios, de querer fazer algo pelo outro, pelo mundo e por você mesmo, porque qualquer engajamento faz muito bem para as nossas próprias almas.

Ser confluente é…
… trocar causas, conhecer pessoas, começar a se engajar. É troca, essa é a palavra para mim. Estou muito feliz em fazer parte, animada para ir trocando cada vez mais.

Você leu recentemente algum livro ou assistiu a algum filme ou série que gostaria de recomendar aos outros confluentes e parceiros?
Recomendo muito o livro do Leandro Machado,
Como defender sua causa.

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