Retrospectiva Confluentes 2022

O ano de 2022, o terceiro do Confluentes, foi decisivo para o Brasil.  Do lado de cá, nossa rede se movimentou para manter a democracia brasileira ativa, em busca de um país mais justo e consciente.

Fechamos com 72 doadores – os confluentes – e somando, desde o início do projeto, R$ 825 mil arrecadados, 100% repassados a ONGs empenhadas em causas estratégicas. 

Abrimos o ano anunciando as três novas organizações para receber os recursos para o projeto: Kanindé, Odara e Redes Cordiais, que receberam R$ 279 mil durante o ano

Seja trabalhando pelos direitos dos povos originários, das mulheres negras ou pela informação de qualidade na internet, todas elas, com o apoio dos confluentes, puderam alavancar suas ações e ampliar o impacto de suas atividades, se mantendo próximas dos confluentes para o compartilhamento de aprendizagens e conhecimentos.

Logo depois, no dia 28 de março, realizamos nosso primeiro encontro de 2022 – finalmente, após os dois anos on-line impostos pela pandemia, de forma presencial.

Além de conhecer melhor as novas ONGs apoiadas, os doadores e parceiros do Confluentes puderam, durante um coquetel, participar de um bate-papo com o filósofo e professor da USP Pablo Ortellado e de uma oficina com o Despolarize, projeto que tem como missão reduzir a violência política buscando o diálogo e a negociação.

E não demoramos para nos reunir novamente. Em maio, convidamos todos os confluentes a uma visita guiada à exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, no Sesc Pompeia, em São Paulo.

Idealizada pela curadora Lélia Wanick Salgado, a mostra apresentou o resultado de sete anos de imersões do artista na Amazônia brasileira, com cerca de 200 fotografias de um dos maiores fotógrafos brasileiros e do mundo.

Depois, em junho, demos continuidade aos encontros virtuais com lideranças, especialistas e artistas. A pesquisadora Esther Solano, especialista em pesquisas qualitativas de opinião pública, doutora em Sociologia pela Universidade Complutense de Madri e professora da Unifesp, conversou com os confluentes a respeito de suas pesquisas sobre as motivações dos eleitores brasileiros.

Em setembro, combinamos democracia e cultura numa exibição exclusiva do celebrado documentário O território, que recebeu mais de 25 prêmios internacionais, incluindo dois no Sundance Film Festival.

O filme, produzido pela National Geographic, acompanha o trabalho da Kanindé, organização apoiada pelo Confluentes, e fornece um olhar imersivo sobre a luta incansável dos povos indígenas Uru-Eu-Wau-Wau da Amazônia contra o desmatamento invasor trazido por agricultores e colonos ilegais. Os confluentes tiveram ainda a oportunidade de participar de um bate-papo com o elenco e o diretor Alex Pritz.

Por fim, logo após o segundo turno das decisivas eleições presidenciais, realizamos o primeiro Festival Confluentes – Brasil, e agora? Democracia, Transformação e Novas Perspectivas. Em três mesas sobre democracia, economia e o papel da mídia, debatemos os caminhos que o país precisa trilhar a partir de 2023.

Para isso, convocamos convidados muito especiais: o professor de filosofia e escritor americano Jason Stanley; os economistas Elena Landau e Pedro Rossi; e os jornalistas Bruno Torturra, Fabiana Moraes, Guilherme Amado, Patrícia Campos Mello e Priscila Yazbek.

O encontro, que aconteceu no Auditório FAAP, na capital paulista, foi a melhor maneira de concluir e consolidar o trabalho do Confluentes em um ano tão difícil quanto importante: é com o diálogo inclusivo, respeitoso e orientado para o avanço que vamos construir uma sociedade mais democrática e menos desigual.

Se por um lado superamos um momento dos mais delicados para a nossa democracia, ainda temos muitos desafios pela frente. Em 2023 seguiremos com nossa seleção caprichada de organizações apoiadas e debates capazes de ampliar nossos olhares a respeito dos temas mais importantes para as nossas causas estratégicas e para o Brasil.

Que seja um ano de muitas conexões e experiências positivas para todos nós!

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